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Little Portugal em Toronto é património histórico da Nação Lusa
Texto de: Paulo Luís Ávila
Fotos de: José Ilídio Ferreira Adiaspora.com
O escritor Anthony de Sá, cujas raízes provêem da Ilha de São Miguel, Açores, foi designado para secundar a feliz ideia de promover, um passeio na zona da Litle Portugal na cidade de Toronto, berço residencial da emigração Portuguesa, a fim de mostrar aos mais de 200 curiosos, - na sua maioria canadianos, luso-descendentes e a RTP-A e ADIASPORA.COM -, a presença e as vivências dos primeiros emigrantes portugueses que assentaram arraiais nesta cidade, a maior do Canadá.
Anthony de Sá dando explicações aos acompanhantes
O trajecto iniciou-se frente à Factory Theather em Toronto e teve a sua primeira paragem junto da Igreja de Sta. Maria, mais conhecida como a Igreja de Santo Cristo. Após esta paragem, rumou à Dundas Street Oeste e teve o seu términos na Palmerstone Avenue. Em cada paragem «obrigatória» foi descrito pormenorizadamente a história dos portugueses que habitaram e ainda habitam aqueles locais, que no fundo são o prolongamento das tradições orais, culturais e religiosas do povo, vindo na sua maioria das Ilhas do Arquipélago dos Açores, nomeadamente da Ilha de São Miguel.
A Comunicação Social, Anthony de Sá e os acompanhantes
A descrição chegou ao pormenor de relatar todo o percurso vivencial duma existência trazida de outras paragens e que durante muitos anos, serviu para atenuar a saudade do rincão natal. Ao passar em casas de familiares, identificou-as pelas cores das paredes e das cortinas e entrando inclusivamente na casa de um deles, apontou na garagem a trave mestra que aguentava o porco depois de morto, bem como a diversidade de árvores de fruto que sendo originárias de climas mediterrâneos ou quase tropicais, aqui dão fruto, porque são devidamente acondicionadas durante o Inverno, para que a neve não as queime com as temperaturas baixas que aqui se fazem sentir.
Os acompanhantes e as fotos para mais tarde recordar
Inclusivamente a resposta à pergunta de como uma figueira podia medrar neste país e se encontrar tão viçosa, foi respondido que a mesma é envolta em plásticos e enterrada e coberta de terra, para e a exemplo do que faz o urso e a toupeira hibernarem durante o Inverno e resistirem assim às temperaturas negativas que aqui são frequentes naquela estação. Não só as cores das casas eram o cartão de visita dos Portugueses, porém outros havia que os identificavam e como exemplo deu a limpeza impecável dos passeios em frente às suas residências e o arranjo asseado dos seus jardins onde as flores viçosas despontavam cheias de cor e aroma. Estas e outras «novidades» foram explicadas a todos os que naquele domingo, 24 do mês de Maio do corrente ano, se dispuseram a aprender acerca da cultura dum povo que deu novos mundos ao mundo e que conserva com muito orgulho a sua Lusitanidade.